Numa linguagem simplificada, autoestima é a opinião e o sentimento que cada pessoa tem sobre si mesma. Lamentavelmente, com freqüência, ela se apresenta pouco ou muito distorcida, desde a mais tenra idade. A criança demasiadamente criticada por pais e/ou professores muito rígidos, por exemplo, que, seguidamente, é repreendida e comparada a outras, sempre mais bonitas e inteligentes do que ela, poderá, com isso, ir construindo uma baixa autoestima - um olhar excessivamente crítico sobre sua aparência física e/ou sua capacidade de se sair bem nos diversos desafios que a vida vier lhe apresentar. Por outro lado, elogios em demasia - o extremo oposto - também podem ocorrer, desenvolvendo, neste caso, uma expectativa de sucesso permanente, o que também é prejudicial e deve ser igualmente corrigido. O desejável, portanto, é a construção de uma autoestima baseada na consciência das reais potencialidades e limitações da criança, para que venha funcionar de maneira positiva, ajudando-a no desempenho das suas tarefas pela vida afora. Se não pudemos evitar o olhar crítico e muitas vezes cruel das pessoas que nos cercaram no passado, por que não passarmos a ser mais generosos conosco hoje?... Afinal, ninguém é perfeito... "Errar é humano"!... E nem sempre quando a gente é criticada, de fato, a gente errou!... O importante é aprendermos a avaliar se falhamos mesmo, ou apenas somos diferentes da pessoa que está nos reprovando e, naturalmente, temos outro ponto de vista - o que é um direito nosso!...
Consideramos o "cuidar" uma das mais significativas provas de amor. Não podemos, jamais, deixar que a correria dos nossos dias nos impeça de disponibilizarmos algum tempo para nos gratificar! Uma rotina sem graça, só de obrigações, gera tédio... E não adianta ficar se queixando dos outros... e os culpando pela sua infelicidade... Reaja!... Por favor, ponha um tempero a mais na sua vida! Isso é você quem tem que fazer por você!... Quando a gente aprende a enriquecer o cotidiano, nosso astral logo muda!...
Finalmente, podemos dizer que o mecanismo que regula a autoestima funciona como um círculo vicioso: se em momento algum conseguimos ter prioridade em nossas vidas, vamos nos sentindo tristes e desvalorizados... Em conseqüência, vamos "empurrando" a vida e nos sentindo umas verdadeiras vítimas!... E essa baixa autoestima, além de nos fazer sofrer, vai se tornando cada vez mais incapacitante!.... Mas, na medida em que soubermos respeitar o nosso espaço e o direito de colocarmos mais prazer em nossas vidas, passaremos a nos sentir melhor e mais estimulados a investir mais em nós mesmos!...